ATA DA CENTÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 19-10-2015.

 


Aos dezenove dias do mês de outubro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Raul Fraga, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Mario Manfro, Paulinho Motorista, Paulinho Rubem Berta, Prof. Alex Fraga, Rodrigo Maroni e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, João Bosco Vaz, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados os Projetos de Lei do Legislativo nos 183 e 210/15 (Processos nos 1962 e 2082/15, respectivamente), de autoria de Elizandro Sabino. Ainda, foi apregoado o Ofício nº 1104/15, do Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 031/15 (Processo nº 2260/15). Também, foi apregoado Requerimento de autoria de Paulo Brum, solicitando Licença para Tratamento de Saúde do dia dezenove ao dia vinte e dois de outubro do corrente. A seguir, a Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Rubens Garavello Machado, Secretário da Sociedade Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas – Sobracid –, que discorreu sobre a Semana da Saúde Bucal. Compuseram a Mesa: Jussara Cony, presidindo os trabalhos; Gilson Correia Beltrão, Presidente da Sobracid; Bernardo Godolphim, Presidente do Sindicato de Odontólogos do Estado do Rio Grande do Sul – SOERGS –; Andrew Pacheco Lemos, Vice-Presidente da Federação Nacional dos Odontólogos – FNO –; e Pedro Henrique Paiva, Relações Institucionais do Comitê das Entidades de Classe da Odontologia – CECO. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, Guilherme Socias Villela, Paulinho Motorista, Carlos Casartelli, Tarciso Flecha Negra, Rodrigo Maroni, Clàudio Janta, Lourdes Sprenger, Delegado Cleiton, Engº Comassetto, Márcio Bins Ely, Bernardino Vendruscolo e Prof. Alex Fraga manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se Mario Manfro. A seguir, a Presidenta concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, a Rubens Garavello Machado. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e dezessete minutos às quinze horas e dezenove minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Rodrigo Maroni, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Kevin Krieger e Clàudio Janta. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Mauro Pinheiro, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente sessão. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 2ª Sessão: o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/15 e os Projetos de Lei do Executivo nos 029 e 032/15, este discutido por Sofia Cavedon. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria de Idenir Cecchim, Líder da Bancada do PMDB, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para Professor Garcia do dia dezenove de outubro a sete de novembro do corrente. Às dezesseis horas e sete minutos, constatada a existência de quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Os trabalhos foram suspensos das dezesseis horas e oito minutos às dezessete horas e vinte e dois minutos, para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes. Às dezessete horas e vinte e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada por Clàudio Janta, foi encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se Sofia Cavedon. Foi apregoado o Memorando nº 051/15, de autoria de Márcio Bins Ely, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, nos dias vinte e vinte e um de outubro do corrente, de reuniões Na Confederação dos Profissionais Liberais – CNPL –, em Brasília – DF. Também, foram registradas as presenças, neste Plenário, de alunos do Programa de Trabalho Educativo da Rede Municipal de Ensino. Às dezessete horas e trinta e três minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro, Jussara Cony e Delegado Cleiton e secretariados por Delegado Cleiton. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 


A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Paulo Brum solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 19 a 22 de outubro de 2015.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Tribuna Popular de hoje terá a presença da Sociedade Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas – Sobracid, que tratará de assunto relativo à Semana da Saúde Bucal.

Convidamos para compor a Mesa o Sr. Dr. Gilson Correia Beltrão, Presidente da Sobracid, Sr. Dr. Bernardo Godolphim; Presidente do Sindicato de Odontólogos do Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. Dr. Andrew Pacheco Lemos, Vice-Presidente da Federação Nacional dos Odontólogos e o Dr. Pedro Henrique Paiva, Relações Institucionais do Comitê das Entidades de Classe da Odontologia

Neste momento, então, além da constituição da Mesa, quero dizer que tenho muita honra, senhores, como Farmacêutica, de presidir esta Sessão de colegas da nossa área de Saúde, nessa visão multidisciplinar e estratégica.

O Sr. Rubens Garavello Machado está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. RUBENS GARAVELLO MACHADO: Senhoras e senhores, muito boa tarde. Cara Ver.ª Jussara Cony, mais uma vez, é um prazer nos encontrarmos, já que tivemos tantas vezes lado a lado, lutando pela Odontologia e pela Saúde. Colegas Vereadores, senhoras e senhores, é com um misto de alegria e gratidão que ocupamos este espaço neste momento. Alegria, porque estamos falando em nome da Odontologia Gaúcha, por uma deferência do nosso Coordenador, Dr. Gilson, ocupamos esta Tribuna neste dia, e gratidão pela cessão deste importante espaço para a Odontologia do Rio Grande do Sul. Estamos aqui hoje para iniciar a Semana de Promoção da Saúde Bucal – é a 15ª Semana Estadual e a 5ª Semana Municipal. Já vai distante o ano de 2002, quando um colega nosso, o Deputado Adroaldo Loureiro, ouvindo os anseios da odontologia, criou a Semana de Promoção da Saúde Bucal. Tempos depois, esta Casa, através de um colega nosso, Vereador, o Dr. Mario Manfro, replicou essa lei, e nós temos, então, dois eventos: a Semana Municipal e a Semana Estadual.

O que nós, da odontologia, queremos com essa iniciativa? Ela vem ao encontro de um desejo da classe de tirar o cirurgião-dentista do seu consultório, do seu local de trabalho, dos seus postos de saúde, das faculdades e dos hospitais e trazê-lo para a população, mostrando a necessidade da saúde bucal.

Nós vivemos uma situação muito particular em nosso País. Por um lado, temos uma excelente odontologia. São mais de 200 faculdades que colocam no mercado excelentes profissionais, reconhecidos internacionalmente pelas suas publicações, pelos seus trabalhos científicos, técnica e cientificamente comprovados. Por outro lado, temos uma população totalmente carente de cuidados odontológicos. Evidentemente, isso se dá por vários motivos, mas, no nosso entender, por um grande motivo: falta de informação e educação sobre a saúde bucal. Na verdade, a nossa população ignora – uso a palavra no seu sentido lato, e não de forma pejorativa, como ignorante – os cuidados que nós devemos ter com a saúde bucal.

Lembro-me de um Presidente do Conselho Federal de Odontologia, o nosso colega Miguel, que, nas oportunidades que tinha para falar que a mídia lhe oferecia, e saibam os senhores que são muito pequenas essas oportunidades, por isso a alegria de estarmos aqui hoje. Ele sempre dizia que o mesmo sangue que circula pelo pequeno canal dentário é o mesmo sangue que vai circular no coração; que a patologia que se tem na boca é aquela patologia que pode refletir em um órgão mais importante. As pessoas ignoram a importância da saúde bucal. Durante muito tempo, saúde bucal era uma coisa, saúde geral era outra. Dentista cuidava só de dente. Isso não era importante. O nosso próprio Estado dava como o único cuidado de saúde, a remoção da peça dentária, no tempo do INPS, a exodontia, a avulsão dentária. Por isso, nós ficamos conhecidos mundialmente como o País dos banguelas, o País dos desdentados. Isso ocorre tendo ao lado uma excelente odontologia. É por isso que foi instituída essa Semana de Promoção da Saúde Bucal para fazer essa ponte entre o profissional e a comunidade.

Ficamos muito satisfeitos em ocupar esse espaço e poder repetir um slogan que a odontologia gaúcha criou e que hoje é repetido em todo Brasil: “A saúde começa pela boca!” Ninguém pode ter saúde plena, se não tiver saúde bucal. Isso tem que ser transmitido às crianças. Por isso, nesta semana, nós vamos trabalhar muito para orientar os professores. Nós queremos que eles sejam aqueles que vão retransmitir os cuidados.

Eu não posso e não devo me alongar. Teria muitas coisas a relatar das atividades que essa Semana tem, mas as principais são as atividades socioeducativas, onde a odontologia sai dos seus consultórios e vai à população em programas, palestras e em atividades socioeducativas, mostrando que é, sim, possível ter saúde bucal. A saúde odontológica – dizem – é cara, mas a promoção dela é extremamente barata. Nós estamos na Casa daqueles que fazem leis, aqueles que podem nos ajudar nesse combate. Como um pedido aos senhores, nós teríamos muitos, mas vamos fazer somente um: ouçam a odontologia, nós temos muitos projetos e ideias que não chegam à população, porque nós não temos espaço em mídia e em lugar nenhum.

Nós criamos, há bem pouco tempo, o Maio Vermelho, que vocês sabem o que é: o combate e a prevenção ao câncer bucal. A gente combate tantos! Agora, temos o Outubro Rosa, ao qual a mídia dá uma divulgação fantástica; todos os meios de comunicação cobrem. Agora, quando chega na parte odontológica, parece que o câncer é diferente, e ele é igual e ele leva a óbito igual. Portanto, abram-nos este espaço, deixem espaços nos escritórios, nos gabinetes dos senhores para os cirurgiões-dentistas, para as entidades de classe que têm projetos e ideias para melhorarmos a saúde do nosso povo.

Que bom, se nesta 14ª Semana e na 4ª Semana Municipal a gente pudesse alcançar estes objetivos: trazer a Odontologia para a mídia, mostrar que a saúde bucal é importante.

O dia 25 é o Dia do Cirurgião-Dentista, e nós queremos deixar a eles, aos nossos colegas, um abraço e um agradecimento por tudo o que fazem em prol da saúde da nossa população.

Agradeço mais uma vez ao nosso colega Mario Manfro, que nos honra nossa classe e nos defende nesta Casa. Convido todos os senhores para que venham conosco nesta luta pela saúde do povo brasileiro. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): Agradecemos pela sua importante, concisa e especial participação. Quero, como Vice-Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, falar do papel importante que o Ver. Mario Manfro tem nesta concepção ampla de saúde, através da sua profissão, na nossa Comissão.

O Ver. Mario Manfro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO MANFRO: Presidente, Ver.ª Jussara Cony, começo agradecendo pelas suas bondosas palavras. Meus colegas, não vou citá-los, porque são todos meus amigos – além de colegas, amigos; caros Vereadores e Vereadoras que aqui nos assistem, propusemos o projeto de lei da Semana de Promoção de Saúde Bucal há cinco anos – hoje comemoramos a quinta semana –, um projeto aprovado pela unanimidade dos meus Pares, e, reiteradas vezes, eu tenho vindo a esta tribuna falar sobre a odontologia.

Ver. Villela, que me ouve atentamente, que já foi Prefeito desta Cidade, passaram-se diversos governos municipais e estaduais e eu insisto em dizer que a Odontologia foi ficando num plano secundário; e nós estamos tentando resgatar a importância da Odontologia. Eu, há pouco, estava falando com o Ver. Prof. Alex e, brincando, eu disse: ninguém nunca viu uma boca caminhando sozinha na rua! Não existe essa figura, uma boca andando. Só a boca. Então, o que tem na boca – enfermidades, patologias – está sistemicamente ligado à saúde, e é algo que deveria ser de fácil compreensão, mas eu não sei porque não o é, talvez por culpa nossa, da classe, talvez por uma falta de entendimento de quem fala em saúde. Muitas vezes se liga saúde à doença, saúde com morte, e aqui mesmo já foi dito; “Ah, estamos falando em morte, não estamos falando em cárie.” Lembro que a cárie se transforma num abscesso, o abscesso numa septicemia, e septicemia pode levar a óbito. O Dr. Rubens colocou muito bem e o meu sonho é ver o Maio Vermelho tendo a mesma dimensão de mídia que o Outubro Rosa. Porque, sem dúvida nenhuma, o câncer de mama – que é o que procuramos prevenir e chamamos a atenção para esse tipo de câncer em outubro – é agressivo, e o câncer de boca também é tão agressivo, tendo tanta morbidade no nosso Maio Vermelho, nós tentamos e tentamos e não conseguimos essa mesma mídia. Esta é a verdade: nós não conseguimos divulgar com a mesma intensidade. Uma vez – eu não me lembro em qual órgão de classe eu estava, Professor Gilson –, eu cheguei a levantar a possibilidade de nós trazermos aqui alguns eslaides sobre câncer de boca, porque é uma coisa extremamente agressiva e talvez despertasse nas pessoas a gravidade: a gravidade da lesão, a gravidade do risco de morte, a impossibilidade da continuação de uma vida normal pelas sequelas que causa, enfim, e é uma doença relativamente fácil de prevenir e, se for detectada ainda em um estágio inicial, é fácil de curar também.

Eu quero, rapidamente, se me permitem, falar um pouquinho sobre Odontologia em Porto Alegre. E aqui nós temos o ex-Secretário de Saúde, Ver. Carlos Casartelli, que enquanto Secretário e eu Vereador, muitas vezes fui lá incomodá-lo com questões da Odontologia e fui muito bem recebido. Sei da disposição e da vontade que o Vereador tinha em resolver os nossos pleitos; nem todos conseguimos, mas avançamos em muitos deles. E eu quero deixar aqui um pleito gravado, um pleito da classe odontológica: a abertura de concurso público para cirurgião-dentista especialista. Porque hoje o CEO, que é o Centro de Especialidades Odontológicas, utiliza os odontólogos que têm pós-graduação, mas esses profissionais não recebem absolutamente nenhuma vantagem por ter essa pós-graduação. Então eu acho isso incoerente, se é Centro de Especialidades Odontológicas, deveria, realmente, ser exercido por especialistas...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. MARIO MANFRO: ...Apenas para concluir, agradeço a compreensão. Então acho que deveria haver esse concurso, porque, se a pessoa fez uma pós-graduação, se o profissional se atualizou, se o profissional vai prestar um atendimento melhor ainda para a população, ele deve ser, sim, remunerado por isso. Então, esse é um pleito que quero deixar aqui: a abertura de concurso público para cirurgião-dentista especialista.

Gostaria de agradecer a presença de todos os colegas, e quem sabe, no ano que vem estaremos aqui de novo na abertura da Semana de Promoção da Saúde Bucal e tendo mais coisas para saudar e nos jubilarmos, quem sabe, como esse pleito, que é antigo, que já levei inclusive na época em que o Secretário ainda era o Dr. Casartelli, da abertura de concurso público para cirurgião-dentista especialista. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Guilherme Socias Villela está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. GUILHERME SOCIAS VILLELA: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Em breves dois minutos que o Regimento me permite, nesta semana relacionada com homenagens à Sociedade Brasileira de Cirurgiões, eu quero fazer um agradecimento. Fui duas vezes Prefeito de Porto Alegre, e na primeira gestão – não recordo se foi em 1975, 1976 ou 1077 –, por recomendações de odontólogos, introduzi o flúor nas águas do DMAE. Há dez ou quinze anos, a Faculdade de Odontologia da UFRGS mostrou-me que o índice de cáries caiu nas crianças. Eu me sinto gratificado com isso e devo agradecer aos odontólogos que me recomendaram isso na ocasião: a todos, meu muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PAULINHO MOTORISTA: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Ao nosso Ver. Mario Manfro dou parabéns por este momento que passamos juntos em que podemos falar sobre a Odontologia, que com certeza é muito importante. Vou contar rapidinho: um colega de profissão teve uma cárie, e quando vi, ele já estava no hospital, tinha feito cirurgia do coração. Eu perguntei o que tinha acontecido e ele disse “dente”. Eu pensei que ele estava de brincadeira comigo. Aí ele me relatou que uma bactéria daquele dente foi para a corrente sanguínea e foi para o coração. Cheguei lá e o rapaz estava aberto de cima a baixo. Nesse instante, a gente dá a devida importância à Odontologia. Quando dá a dor de dente, geralmente à noite, a primeira coisa que a pessoa quer ver na frente é um dentista: amanhã eu tenho que ir ao dentista, às 4h, 5h da manhã, para me ver livre dessa dor imensa.

Com certeza, podem contar conosco. Eu falo em meu nome e em nome do Ver. Airto Ferronato, Líder do nosso Partido, o PSB. Obrigado pela presença de vocês aqui, obrigado Ver. Mario Manfro pela oportunidade, o senhor que faz um trabalho maravilhoso de Odontologia nas nossas comunidades. Parabéns! Um abraço a todos!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Carlos Casartelli está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CARLOS CASARTELLI: Sra. Presidente, Ver.ª Jussara Cony; eu falo aqui em meu nome, em nome da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, e queria cumprimentar carinhosamente a todos os representantes, aqui, da Odontologia gaúcha – temos aqui o Ver. Mario Manfro, um grande parceiro.

O Sr. Rubens foi muito feliz no momento em que disse que a saúde não se faz sem um atendimento adequado da saúde bucal, do atendimento das doenças que acometem a boca, nossos dentes mais especificamente. Não se pode realmente ter um sistema de saúde que não seja multiprofissional. E a Odontologia, de fato, esteve, e continua, bastante esquecida na maioria dos Municípios brasileiros. Eu tenho orgulho de, junto com vocês e o Ver. Mario Manfro, participar de várias reuniões, várias conversas. E, no período de 2010 a 2014, em Porto Alegre – parece pouco, mas é bastante – nós ampliamos, neste período, enquanto eu era Secretário da Saúde do município de Porto Alegre, em nove vezes o número de Equipes de Saúde Bucal de Porto Alegre. Na verdade, eram muito poucas, Ver.ª Jussara Cony, em torno de menos de 15 Equipes de Saúde Bucal; hoje, temos em torno de 120. Então, nós multiplicamos por nove o número de Equipes de Saúde Bucal, colaborando para que a gente tenha realmente uma população com uma saúde bucal saudável e que possa fazer com que não tenhamos, como colocou nosso colega da odonto, uma população de banguelas. Não é isso que nós queremos para Porto Alegre, para o nosso Estado e para o nosso Brasil. Então, é com muito orgulho que eu tenho essa marca de ter multiplicado por nove, conversando com vocês e com o Ver. Mario Manfro, o número de Equipes de Saúde Bucal. E quanto ao número de centros de especialidade odontológica, a nossa meta era de termos cinco, até o final do Governo Fortunati; Porto Alegre já tem seis centros de especialidades odontológicas. Não consegui atender a demanda do concurso de especialista, mas espero que continue dentro da pauta da Secretaria Municipal de Saúde e do Governo Municipal que se faça o concurso específico para os especialistas da carreira de Odontologia. Parabéns a todos vocês, uma grande Semana da Odontologia, que a gente possa ter muitos participantes e que a gente possa aprender um pouco mais nesta área que é extremamente importante para todos. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O orador me fez voltar as Minas Gerais. Sempre brinquei aqui com o Ver. Mario Manfro, eu e o Luiz Braz sempre brincamos com o Mario: “O dente está doente, bota um melhoral”. Mas essa brincadeira aconteceu comigo, eu não sabia o que era canal, e muitos dos meus dentes foram embora. Eu tinha dor, dentro de uma família humilde, o pai vai lá e arrancava o dente. Aquilo ali aliviava, arrancando o dente, aliviava. Só depois que eu comecei a jogar futebol é que eu soube o que era tratamento de canal. Era uma coisa demorada naquela época, caríssima, eram pessoas mais requintadas que faziam tratamento de canal; hoje, não. Eu quero parabenizar todos vocês por levarem esses ensinamentos até a escola. Eu trabalhei ali na Ponta Grossa, eu trabalhei no Sesc, lá em cima, e as crianças aprendem a escovar os dentes, vendo aquilo tudo. Há um aprendizado bem maior, não só de escovar os dentes – a importância dos dentes, a importância da higiene bucal, como é importante para a nossa boca. Porque eu posso ter um nariz grande e não tenho vergonha, eu posso ter um olho pequeno e não ter vergonha, mas os meus dentes, se eu não tiver o sorriso bonito, eu vou sempre ser um cara tímido, encabulado, com a boca fechada. Essa é a verdade.

Então, eu quero aqui cumprimentar vocês por esse trabalho maravilhoso. Com a boca nos alimentamos, somos felizes, conversamos, namoramos ou beijamos. A boca é tudo na vida também do ser humano, assim como o coração, o cérebro, mas a boca é que nos dá a entrada, que nos dá a porta de entrada.

Parabéns, Ver. Mario Manfro, e parabéns a todos vocês da medicina. Viva a medicina e que Oxalá ilumine cada vez mais vocês! Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. RODRIGO MARONI: Quero saudar a Líder do meu partido, a Ver.ª Jussara Cony, que tem um trabalho voltado para a saúde. Talvez o seu tempo de dedicação seja de 20 anos antes do meu nascimento. E ela diz sempre que, quando sair da Câmara de Vereadores, vai fazer uma peregrinação pós Câmara de Vereadores, talvez daqui a um ano ou talvez daqui a seis anos, pela América Latina. Uma pessoa dedicada à vida. Eu queria fazer uma menção muito especial ao meu colega Mario Manfro, pai de um amigo meu de infância, ex-colega da época do 1º Grau. O Vereador tem demonstrado ser não só um bom dentista – ofereceu-se diversas vezes aqui para fazer atendimentos particulares – como também um bom Parlamentar. Tem trazido pautas e tem aparecido bastante na Câmara de Vereadores, fez aqui menção ao D’Alessandro há algumas semanas, então é uma pessoa que tem trabalhado bastante.

Como todos os Vereadores e parte, talvez, de um nicho da população, eu tenho vários familiares que são dentistas: tios, tio-avô; praticamente toda a minha família do Interior é de dentistas. Eu não vou me repetir falando aqui da importância de investimento público em todas as dimensões, não vou falar sobre a falta de investimento, na verdade, em todas as épocas, relacionada à questão dentária. Marcou-me muito uma frase de uma amiga minha, há uns cinco, seis anos. Era algo que eu não tinha percebido – a Jussara conhece bastante esta minha amiga, inclusive, depois comentou quem é. Ela me disse uma coisa que achei bastante sensível: que tu medes a classe social da pessoa pela questão dentária. A gente identifica se a pessoa é de classe média, se a pessoa tem dinheiro, a partir dos dentes, e isso é uma coisa evidente. Eu disse: “É verdade, eu não tinha me dado conta disso”.

Pessoalmente, a questão dentária... Eu falo da minha questão particular, porque, em relação a todos os problemas que enfrentei na vida, relacionados à questão de saúde, a questão dentária foi uma das dificuldades maiores. Eu nasci sem os laterais e, por isso, tive que fazer todo um trabalho a partir dos caninos com os laterais. Vivi minha vida toda em dentistas: tive que trocar aos 13 anos, e a prótese, depois, agora com 31 anos. E cai! E tu estás numa janta, e cai; tu voltas para cá, e cai! Eu subi aqui neste plenário já com medo de que caísse. Então, é algo que teoricamente poderia ser absolutamente constrangedor, e eu sei que muitos brasileiros passam por isso. Eu não fui um dos que perderam dente, mas nasci sem alguns. Então, tenho certeza de que este tema é determinante para qualquer pessoa e o quanto constrangedor... Eu ainda tenho a possibilidade de colocar prótese, pior são aqueles que têm que conviver diariamente com o problema e não cai – eu sou sortudo porque cai! Eu tenho a sorte de os meus dentes caírem. Eu não tive nem a possibilidade de optar por isso.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Boa tarde, Presidente Jussara Cony, todos os profissionais dentistas que aqui se encontram, Ver. Mario Manfro, nosso dentista da comunidade, dentista identificado com povo da nossa Cidade. É uma justa homenagem que esta Casa faz aos senhores que levam a prevenção e principalmente o direito de os trabalhadores, de as pessoas mais humildes da nossa Cidade voltarem a sorrir. Já foi dito aqui, por várias pessoa, que muitas vezes não se tem esse direito quando se nasce, quando se estuda, de saber a importância que têm os dentes na nossa vida. Achamos que eles vêm só para o uso alimentar, não se sabe a importância disso em todo o nosso organismo, a importância disso em toda a nossa vida. Isso influencia até na questão mental e espiritual das pessoas. É uma justa homenagem que esta Casa faz no dia de hoje a todos que estão diariamente trazendo dignidade às pessoas. Muito obrigado, Mario Manfro, por nos dispor desse dia de hoje.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

A SRA. LOURDES SPRENGER: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero agradecer ao Ver. Mario Manfro por trazer esse tema e dar visibilidade à Semana da Saúde Bucal. Tão importante é o tratamento da saúde bucal e que bom seria que todos os cidadãos tivessem acesso a ela. Sabemos que hoje evoluiu o atendimento no sistema de saúde, mas não atinge a grande parte da população. Para nós, que temos que deixar a saúde bucal em dia, também o preço que se paga é significativo, tendo em vista que temos que valorizar o profissional. Se esse preço é elevado, é porque isso exige estudos, exige material e toda uma especialização devido às mudanças que hoje existem nos cuidados e a tudo que se pode restaurar na área da saúde bucal. Então, cumprimentos a todos e registro o nome de cada um para que fique registrada nesta Casa a homenagem a vocês. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O nosso Município, nesses últimos quatro anos, ampliou o número de equipes de saúde bucal que, atualmente, é de 158. Porto Alegre dispõe de 497 trabalhadores, entre cirurgiões-dentista, técnicos e auxiliares de saúde bucal, distribuídos em 105 unidades de saúde de Atenção Básica. Esse é um número que gostaríamos que ampliasse, tendo em vista a importância desse trabalho dos senhores. Eu, em 2013, como Vereador, fiz um Indicativo ao Sr. Prefeito de um projeto para instituir o Programa Pré-natal Odontológico no Município de Porto Alegre, gerenciado pela Secretaria Municipal de Saúde, com o fim de tratar preventivamente a saúde bucal no período gestacional da mãe, no pós-parto, e extensível ao recém nascido até a infância, com os objetivos de prevenir, controlar, limitar e erradicar os riscos contra a transmissão de doenças orais da gestante para o feto e a patogenecidade dos microorganismos. Fizemos esse projeto. A Secretaria de Saúde já entrou em contato conosco para que o Município realize esse projeto. Então, a importância dos senhores, a importância desse projeto que os senhores trazem aqui na Câmara é de grande valor. Nós, do PDT, gostaríamos de parabenizá-los. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Obrigado, Ver.ª Jussara. Venho aqui em nome do meu Partido, Partido dos Trabalhadores, composto pelos Vereadores Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Alberto Kopittke e este Vereador. Primeiro, quero cumprimentar aqui a Sociedade Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas, na pessoa do Sr. Gilson, Presidente, cumprimento toda a Mesa, o Sindicato do Rio Grande do Sul, bem como a Federação Nacional. Quero dizer que é verdade que o tema da odontologia, dentro da medicina, ainda precisa ocupar um lugar de destaque com a mesma importância que têm as outras categorias da medicina; e lutamos, no dia a dia, para que isso aconteça.

O Ver. Manfro, o qual representa aqui, nesta Casa, os ondontólogos, esboça na sua fala as dificuldades que enfrenta na sua profissão e que até tem que apresentar imagens, inclusive de câncer bucal e outras, que são impactantes. São impactantes, mas é a realidade. E, quando é realidade, não temos que ter a preocupação de mostrar a realidade, porque, mesmo ela sendo impactante, conseguimos fazer com que o tema seja percebido e obviamente que a saúde bucal vem junto com a campanha contra o fumo, entre outras que temos que associar sempre com esses espaços.

Como Presidente da Comissão da Saúde desta Casa, da qual a Ver.ª Jussara é a nossa relatora e o Ver. Casartelli também é membro, queremos não só convidá-los, através do Ver. Manfro, para participar aqui do debate, mas também verificarmos, na política municipal, os avanços que ainda precisamos conquistar. Então, quero deixar registrado esse convite aqui na pessoa do nosso membro da Comissão, que é o Ver. Manfro também, para que possamos debater, porque, até o momento, na lista que fizemos, não tínhamos incluído a saúde bucal no debate.

Quero fazer aqui uma autocrítica e, ao mesmo tempo, aproveitar a oportunidade para dizer que percebemos, Ver.ª Jussara, a importância e a necessidade de não só debater, porque a política municipal... Bom, lutamos até para a inclusão no INSS, na saúde e no SUS de muitos pontos que ainda não estão incluídos como direito à saúde e, no caso, também da saúde bucal. Um grande abraço e muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Cumprimento todos aqueles que vêm hoje aqui também fazer esse registro, marcando esta data, dia 25, Dia do Dentista, em especial o Ver. Mario Manfro que foi o autor da Lei. Aliás, me permitam aqui dizer que tive uma participação, mesmo que pequena, Vereador, até pela parceria com o Deputado Adroaldo Loureiro: em 2007 eu tinha protocolado a instituição da Semana de Saúde Bucal, no meu primeiro mandato – me permite chamar assim pela nossa amizade. Veio a eleição em 2008. Eu conversei com o Ver. Mario Manfro e disse a ele que tinha mais identidade com a pauta. Aí, então, não pediu o desarquivamento; o Vereador, então, fez a proposta, e a gente construiu a quatro mãos essa iniciativa, mas dizer também que tramita na Casa, um Projeto de nossa autoria que vem a colaborar também com as iniciativas e as políticas públicas de incentivo prevenção a Saúde Bucal, que é o Programa Criança Sorridente - um Projeto de nossa autoria que está na CUTHAB. Em resumo, constitui os objetivos do Programa Criança Sorridente: implementação assegurada, a realização de exames odontológicos no início de cada ano letivo, realização de ações educativas de prevenção a Saúde Bucal, especialmente, da divulgação dos princípios básicos da higiene bucal e por aí, também é uma maneira como a gente encontrou de dar a nossa contribuição. Passo as mãos do Presidente, uma cópia desse projeto, cumprimentando os dentistas e as dentistas e todos aqueles que de uma forma ou de outra têm colaborado e ajudado a nossa sociedade a poder sorrir com alegria, com entusiasmo, com empolgação, e com a autoestima, porque a boca traz autoestima, falou muito bem ali, o Ver. Tarciso. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): Obrigada, Vereador. O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero me somar aqui ao que os colegas já disseram, Sra. Presidente, Ver.ª Jussara Cony. Vou aproveitar este momento, já disse isso em outras oportunidades, talvez isso seja importante para as demais classes profissionais que estão nos assistindo: o quanto é importante terem aqui nesta Casa as representações. Então, Ver. Mario Manfro, V. Exa. faz este trabalho importante também, sendo dentista traz a classe dos profissionais para dizer aqui da importância do trabalho dos senhores, e também, Vereadora, é muito importante fazer referência àquilo que disse aqui o Ver. Guilherme Socias Villela, que foi Prefeito em um determinado momento, quando o João Antonio Dib era Diretor do DMAE. Eu não sei se houve um debate, enfim, mas chegaram a uma conclusão, sendo os pioneiros na introdução do flúor na água. Esses dois profissionais, João Antonio Dib e Guilherme Socias Villela, merecem, sim, em todos os momentos, serem lembrados. É muito comum a sociedade esquecer, mas nós estamos aqui em alerta. O trabalho que eu faço, neste momento, é lembrar a todos que estão nos assistindo da importância que teve o trabalho do João Antonio Dib e do Guilherme Socias Villela naquela oportunidade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): Obrigada, Vereador. O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA: Boa tarde, Sra. Presidente. Em meu nome e em nome da Bancada do PSOL – Ver.ª Fernanda Melchionna, minha Líder –, eu venho saudar a iniciativa do Ver. Mario Manfro com relação à proposição da Semana da Promoção da Saúde Bucal, para que seja, efetivamente, uma semana da promoção da saúde bucal. Eu, que sou professor de biologia, percebo que, efetivamente, as prevenções sempre são muito mais eficazes e baratas do que os tratamentos. Com relação à doença periodontal, percebe-se isso também. O cuidado, a boa higienização bucal e uma alimentação adequada poderiam evitar grandes problemas e desafogariam, também, boa parte do nosso sistema de saúde.

Eu gostaria de prestar as minhas homenagens e parabenizar todos os odontólogos do Rio Grande do Sul, representados pelos que compõem a Mesa: o Dr. Gilson Correia Beltrão, o Dr. Bernardo Godolphin, o Dr. Andrew Pacheco Lemos e o Dr. Pedro Henrique Paiva, além do orador, o Dr. Rubens Garavello Machado, que fez um belíssimo discurso. Particularmente, a importância da odontologia, para mim, veio através da minha esposa, que é médica veterinária. Nos bancos acadêmicos, ela percebeu que existia, ou que deveria existir, uma relação direta entre o grande número de endocardites bacterianas nos seus pacientes animais e do grande número de pacientes deficientes renais com relação à saúde bucal. Ela percebia que, quando a doença periodontal do animal era grave, esses animais, muitas vezes, manifestavam o quadro, e procuravam o especialista justamente para curar o coração, o rim, quando o início do problema era exatamente a cavidade oral. O cuidado, o zelo, poderia prevenir os problemas cardíacos e renais desses animais. Ela buscou literatura dentro da odontologia humana, já que aqui no Brasil os trabalhos em relação à odontologia veterinária são ainda incipientes, e se muniu de trabalhos científicos já publicados na área de saúde bucal humana que diziam exatamente sobre esses apontamentos: essas doenças têm ligação direta com doença periodontal.

A minha saudação a todos. Muito obrigado pelo trabalho inestimável que vocês prestam à sociedade; e que continuemos na luta por uma sociedade mais saudável. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Sr. Rubens está com a palavra para as considerações finais.

 

O SR. RUBENS GARAVELLO MACHADO: Senhoras e senhores, quando eu comecei a falar nesta tarde, eu disse que um misto de alegria e satisfação me enchia o peito. Ao término desta sessão, onde obtivemos esse espaço graças ao nosso colega Mario Manfro, saio honestamente muito satisfeito. Todas as bancadas desta Casa fizeram manifestações maravilhosas. A do Ver. Alex foi um primor. Eu não quis referir o assunto na minha fala, porque não cabia, mas a saúde bucal é importante e você disse isso de maneira brilhante. Ver. Comassetto, que bom que foi incluída a odontologia dentro da Comissão de Saúde! Vejam que coisa maravilhosa nós conseguimos hoje! A odontologia sempre é relegada, é esquecida dentro do próprio quadro de saúde. E hoje ela foi colocada! Que bom que conseguimos esse espaço! Que satisfação poder fazer isso pela classe! Saibam os senhores, nós, que representamos as entidades gaúchas de odontologia, saímos daqui muito satisfeitos, porque sabemos que, a partir de agora, teremos parceria, Ver. Manfro, teremos companheiros para nos ombrearmos nessa luta pela saúde bucal. Muito obrigado, de coração, em nome dos cirurgiões-dentistas gaúchos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): Srs. Vereadores, nossos convidados; em primeiro lugar, em nome da Mesa Diretora, quero agradecer, em nome da Casa, ao Ver. Mario Manfro, que, além de dar uma contribuição valiosa com esta visão multidisciplinar e interdisciplinar com as transversalidades na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, nos oportuniza este momento.

Este é um momento que nos leva, até um certo ponto, aos primórdios da humanidade, que passa por Hipócrates, o Pai da Medicina, quando diz: “Seja o teu alimento o teu remédio; seja o teu remédio o teu alimento”, e que chega naquilo que, neste momento, ouvimos dos senhores: ouçam a Odontologia. Todos os Vereadores e Vereadoras que se pronunciaram, ouviram e trouxeram contribuições importantes, que nós precisamos materializar, Ver. Manfro, no significado de já pautarmos, na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, a abertura de concurso público no Município de Porto Alegre para os Odontólogos.

Deste momento, além de tudo que pudemos interagir, fica esta proposta, fica esta responsabilidade.

Já está presente o nosso Presidente, Mauro Pinheiro. Eu finalizo, então, dizendo que, a par disso tudo, a proposta da semana de atividades socioeducativas é formar e capacitar a nossa rede pública, Ver. Alex; acho que V. Exa. deu, sem dúvida nenhuma, uma contribuição, como todos. O Ver. Tarciso diz que as relações humanas se dão todas – e se dão – pela boca, e V. Exa., Ver. Alex, faz uma relação da transversalidade, da interdisciplinaridade das profissões de saúde. Então, essas atividades socioeducativas serão estratégicas na Semana, porque são para formar e capacitar os nossos professores para que eles possam também ser agentes nesse processo de construção de saúde para todos e para todas.

Um agradecimento especial às entidades, um agradecimento especial a esta profissão, tão antiga quanto a humanidade. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h17min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 15h19min): Estão reabertos os trabalhos.

A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente Mauro Pinheiro, eu gostaria de fazer o registro da presença, em nosso plenário, dos alunos do Programa de Trabalho Educativo da Rede Municipal de Ensino, alunos e alunas, que são incluídos, são das nossas escolas especiais, das nossas escolas regulares que frequentam a Sala de Integração e Recursos – SIR, e que esta Casa está acolhendo na condição de trabalhadores, de estagiários. Esse é um programa que já temos há alguns anos, e nós queremos acolhê-los com muito carinho. Se puderem levantar... (Pausa.) Lá estão eles. Estão começando a trabalhar na Câmara de Vereadores, acompanhados por suas professoras. Uma salva de palmas dos Vereadores aos nossos alunos. (Palmas.) Esse é um programa muito bonito. Sejam bem-vindos! Eu vou, inclusive, deixar que o nosso Presidente faça agora, oficialmente, as boas-vindas do plenário.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Obrigado, Vereadora. Está feito o registro. Sejam todos bem-vindos. O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde, Presidente Mauro Pinheiro, boa tarde demais Vereadoras e Vereadores, colegas, funcionários da Câmara Municipal, público que nos assiste das galerias e pela TVCâmara. Gostaria de fazer uma saudação aos alunos de que a Ver.ª Sofia comentou, junto com seus professores; e ao pessoal da cultura que também está aqui hoje, trazendo o seu debate, a importância do debate sobre a cultura na cidade de Porto Alegre. Hoje eu gostaria de falar, em especial, sobre uma situação que eu passei ontem à noite. Ontem, por volta das 19h45min, Prefeito Villela, eu estava entrando no cinema e recebi uma ligação, desesperada, de uma senhora lá da Lomba do Pinheiro, que me chamava para dizer que tinha um animal esfacelado. Como eu estou diariamente recebendo casos e mais casos – porque quando tu pegas uma causa, uma pauta, as pessoas acabam recorrendo por seres um agente público – e eu imaginei que fosse mais um caso de animal que teria sido atropelado ou sofrido maus-tratos e que, no dia de hoje, eu procuraria dar o atendimento. Essa senhora me mandou as fotos, eu estava na entrada do cinema, eram 19h45min, e quando olhei as fotos não imaginei, porque eu não tinha pego até então caso tão grave quanto o de ontem, pois era uma cadela de médio porte que tinha sido esfaqueada, e algumas pessoas podem ver, inclusive, no Facebook, onde foi colocado, e ela tinha sido praticamente dilacerada, estava com o osso para fora da pele, eu puxava a pele dela e a parte da ossada saía para fora, e pegava de trás até a frente. Não só para entrar no debate dos maus-tratos e do absurdo que é um ser humano ter criado aquilo - e aquela cadela, quando cheguei lá na Lomba do Pinheiro, quase 20h45min, o absurdo de ver aquele bicho assim, com gestação, com filhotes -, pegando aquela cadela numa dificuldade que é impossível não trazer ao debate na cidade de Porto Alegre, quanto ao atendimento público dos animais, em cuja tecla sempre bato. Ontem, foi o exemplo maior, porque eram 21 horas e não tinha a quem recorrer! Tentei ligar para todos os agentes públicos de Porto Alegre, Canoas e outras cidades, e aí veio a importância de se ter um SUS animal 24 horas urgentemente. Quero dizer a vocês que se eu não tivesse chegado naquele horário, provavelmente, a cadela teria morrido em uma hora. Tenho certeza de que, neste caso, como recebo dezenas, não é isolado, são centenas de fatos que acontecem em todas as cidades, e não há como não fazer o debate do que fazer numa situação dessas. Eu tive como levá-la a uma clínica veterinária, Prefeito Villela, onde ela vai fazer quatro cirurgias e vai custar mais de R$ 3 mil para recomposição da lateral, tirar os filhotes, construir a mandíbula que foi quebrada e a reconstituir os órgãos. O Facebook chegou a excluir a imagem da cadela, tamanha a gravidade. De todos os animais que peguei, aquela foi a mais dilacerada, e quem olhar as imagens pode ver. De ontem para hoje, foram quase 20 mil visualizações, e o Facebook bloqueou, de certa forma, para que as pessoas não assistissem, pela sua gravidade. Aquele bichinho ia ficar exposto até hoje, ou, provavelmente teria morrido, se não tivesse sido socorrida naquele momento.

E o que eu venho falar aqui é da importância urgente das cidades inventarem o SUS animal com atendimento 24 horas, final de semana e feriado. Não tem; ontem, às 21h não tinha clínica veterinária particular para quem tem como pagar! Quero dizer aos defensores dos animais que não tem clínica com atendimento similar ao SUS, 24 horas...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. RODRIGO MARONI: ...gente, é muito importante – Sandro, tu que me pediste para ir lá na tua rua –, eu quero dizer para vocês claramente: um animal, se for atropelado no domingo ou feriado, morre; se tiver uma doença no domingo ou no feriado, morre, em qualquer cidade do Estado, morre! Porque uma pessoa para pagar um atendimento veterinário, tem que ganhar mais de R$ 6 mil ou R$ 7 mil. Ninguém tem condições de pagar um atendimento de R$ 1 mil ou R$ 2 mil, que é o mínimo que se paga num caso de atropelamento. E não tem serviço público em funcionamento para animais aos domingos, feriados e à noite. Eu empresto meu celular para qualquer pessoa tentar o atendimento para um animal depois das 19h, Ver. Comassetto. Eu quero saber se esse animal vai ser atendido. Se a pessoa não ganhar mais de R$ 6 mil, é a morte do animal, porque não tem SUS para os animais!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, agradecendo ao nosso líder Marcelo Sgarbossa, quero tratar de dois temas neste momento. O primeiro, da situação que estamos vivendo em Porto Alegre, relacionado às condições climáticas, e dizer que, é verdade, está ocorrendo uma enchente em Porto Alegre em toda a Bacia do Guaíba, nos seus cinco grandes afluentes: no Jacui, no Taquari, no Caí, no Gravataí e no Rio dos Sinos. Mas, no caso de Porto Alegre, Sr. Presidente, primeiro, quero me solidarizar com os colegas Vereadores, que têm se empenhado com o Executivo Municipal, que tem se empenhado, com a imprensa que tem se empenhado, com as famílias que socorrem umas às outras. Mas nós temos aqui um responsabilidade que está acima do problema vivido. Porto Alegre tem 750 vilas irregulares, muitas delas estão em leitos de arroios ou em áreas alagadas. E se não houver um planejamento da Cidade que leve à risca o Plano Diretor, se não houver uma política de regularização fundiária e uma equipe permanente de socorro a catástrofes naturais, nós voltaremos, em outros momentos, a vivenciar o clima que estamos vivendo hoje. Então, quero registrar aqui e dizer que a nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores, Verª Jussara Cony, e certamente as bancadas de oposição colocam aqui essa preocupação, que são aliadas para discutir a reforma urbana, a regularização fundiária, a proteção às catástrofes. O segundo ponto, Ver.ª Sofia Cavedon, a senhora que trabalha e milita no campo da cultura, vem um debate nesta Casa hoje, nada menos que o Plano Municipal de Cultura, ou seja, os vetos estabelecidos pelo Sr. Prefeito Municipal. E aqui estão os militantes da cultura que vieram, o Conselho Municipal da Cultura, dizer que todos os itens que foram vetados aqui dizem respeito à organização da sociedade, à participação da comunidade e à destinação de recursos. Prezados Guimarães, você, junto com os demais militantes da cultura, esses pontos todos foram votados, porque foram acordados politicamente neste plenário. Portanto, quando há um acordo político, ele tem que ser cumprido. E venho aqui trazer este debate ao Líder do Governo, Ver. Kevin Krieger e a sua base, quando se faz acordo, a nossa construção tem que ser respeitada. Portanto, Ver. Kevin Krieger, estamos aqui novamente para debatermos os vetos e ajustarmos o entendimento da importância desses vetos na construção da cidade de Porto Alegre; veto que diz que, para fins dessa lei, entende-se por regiões as áreas existentes no Município, ou seja, que as regiões do planejamento, as regiões do Orçamento, as regiões da cultura terão voz e vez. Quando se discute que tem que ter um percentual destinado para o Plano Municipal de Cultura é porque queremos que a cultura seja uma política pública, que respeite a sua qualidade, que respeite a sua necessidade, que a descentralização seja feita, que todas as matizes culturais sejam respeitadas e tenham direito de voz e vez. Portanto, eu venho aqui para apelar à base do Governo, através do seu Líder, para dizer que acordo na política só tem um sentido: cumpri-lo. E, se o Prefeito vetou, é porque não teve o entendimento do acordo político feito nesta Casa, e nós temos que fazer isso prevalecer. Um grande abraço, boa luta e muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Presidente Mauro Pinheiro; nossos amigos lutadores e ativistas da cultura, nós temos aqui o SATED – Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio Grande do Sul, nós temos o Conselho Municipal de Cultura, a Associação dos Escultores do Estado do Rio Grande do Sul está presente também – a Adriana e companheiros, os nossos Conselheiros, o Negro, e nós estamos em mais um daqueles momentos extremamente preocupantes. Primeiro, pelo que o Ver. Engº Comassetto, que me antecedeu, trouxe corretamente a esta tribuna: o descumprimento, por parte do Governo, de um acordo feito com o conjunto dos Vereadores e muito mais do que com o conjunto dos Vereadores, com o conjunto dos artistas de Porto Alegre, artistas que lutaram pelo Plano Municipal de Cultura a partir da sua mobilização, através de várias emendas que foram feitas e que garantiram conquistas ao projeto original do Plano. Eu me detenho em duas delas, Ver. Prof. Alex Fraga, falando em nosso nome aqui nesta tribuna, que são extremamente importantes e que o Governo, de maneira autoritária e desrespeitando a luta feita pelos artistas de Porto Alegre, manda, nesta tarde, um veto para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A primeira delas é a emenda, Ver.ª Sofia, que previa recursos para ser executado o Plano Municipal de Cultura em até 1,5% nos próximos cinco anos do Orçamento global de Porto Alegre e até 3% nos próximos dez anos. Hoje, Porto Alegre investe menos de 1% na Cultura – é 0,9% em média. Nós vemos os recursos do Fumproarte não serem equiparados ao Funcultura; nós vemos o sucateamento das verbas da descentralização da Cultura; nós vemos a tentativa de acabar com vários dos projetos construídos historicamente pela comunidade cultural de Porto Alegre num processo de democracia e de editais públicos, como o Fumproarte, com poucos recursos para executá-los. E, mais do que isso, nós vemos uma lógica de privatização dos espaços públicos, uma lógica permeada pelos espaços privados de convivência a partir do consumo. Quando a gente faz o debate, por exemplo, do Cais Mauá, é dentro dessa lógica de o Governo privatizar os espaços públicos em vez de dotar de vida, colocando espaços culturais, espaços de convivência, espaços de lazer e esporte. É o debate que fizemos no Araújo Vianna, é o debate que fizemos em relação à Lei do Artista de Rua que, graças à mobilização da comunidade dos artistas, garantiu-se uma grande vitória com a derrubada daquele decreto que atacava frontalmente a arte de rua, querido Hamilton Leite e lutadores da Cultura da cidade de Porto Alegre. Essa mobilização que nós vimos para derrubar o decreto que queria mexer na Lei do Artista de Rua, estipulando perímetro, estipulando locais em que não poderia haver apresentações, burocratizando e criando, na prática, empecilhos para a arte mais livre e, ao mesmo tempo, mais presente no cotidiano dos porto-alegrenses, uma vez que apenas 9% da nossa população tem o hábito de frequentar cinemas, uma vez que a arte de rua interrompe, no bom sentido da palavra, o cotidiano da Cidade, aproximando a arte da nossa população, essa mesma mobilização é fundamental fazer no que diz respeito ao Plano Municipal de Cultura. Não existe plano municipal sem recurso para executá-lo, não existe plano que desenvolva, que descentralize, que garanta equipamentos públicos numa cidade que tem 1,4 milhão de pessoas e onde 90% dos equipamentos de cultura estão localizados nas áreas centrais de Porto Alegre. Precisamos conquistar espaços culturais no Rubem Berta, na Restinga, na Lomba do Pinheiro, na Cruzeiro; nesta Cidade, sem recursos, ou em qualquer cidade, é impossível garantir essa descentralização; é impossível garantir que o Fumproarte tenha os valores previstos no Orçamento; é impossível garantir aumento para lei de fomento ao teatro e à dança; é impossível garantir a construção de novos equipamentos e novos teatros – desde a década de 1970 Porto Alegre não constrói novos teatros; é impossível que haja a descentralização da cultura, que também foi vetada pelo Governo Fortunati, assim como a questão do Plano Plurianual, as leis de diretrizes. E mais, o Governo veta um dos principais elementos do Plano, que é tornar o Conselho e o Plano Municipal...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: ...que seja deliberativo. Com o art. 4º, nós vemos essa tentativa de tirar o caráter deliberativo dos artistas da Cidade. Nós não precisamos de novos conselhos consultivos, muito embora o próprio fato de os conselhos existirem seja uma forma de pressão, de luta permanente, de fiscalização. Fato muito importante é o nosso conselho, que foi retomado e, durante muito anos, tem uma história de pressão e mobilização na cidade de Porto Alegre. E nós queremos que os nossos conselhos tenham mais poder, mais garantias de serem conselhos deliberativos e não apenas consultivos, que sejam parte da construção das políticas e da deliberação dessas políticas.

Então, venho encaminhar em nosso nome, Ver. Alex Fraga, dizendo do nosso repúdio à falta de palavra do Governo Fortunati, que nós estamos com os artistas pela derrubada do veto e pela permanência do projeto.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, naturalmente todos nós, assim espero, viremos a esta tribuna depois no debate e nos encaminhamentos, em relação ao principal assunto desta tarde, quiçá desta semana, que são os vetos do Sr. Prefeito ao Plano de Cultura do Município de Porto Alegre. Esse Plano não saiu do nada, esse Plano tem uma história de construção. E venho me manifestar em nome da Liderança de oposição, porque, os vetos, exatamente, são a três emendas que trazem recursos para o Plano, para o Fundo de Cultura, para o Orçamento e a destinação. Primeiro de tudo: nós achamos um desrespeito esses vetos à luta travada em relação ao projeto de lei originário do Executivo, que passou por um intenso processo de discussão, de elaboração, de articulações políticas amplas do movimento cultural, inclusive com esta Câmara Municipal, com o próprio Conselho Municipal de Cultura e com o Sindicato. Há toda uma articulação política daqueles que realmente fazem cultura nesta Cidade. É um desrespeito à cultura, porque a cultura vem além dela; ela tem transversalidades estratégicas, inclusive sob a ótica da democracia.

Segundo, acho que é um desrespeito a esta Casa, porque esta Casa aprovou as emendas. E aqui quero falar sobre a emenda da Ver.ª Sofia, que aumenta para 1,5% a receita municipal para a cultura nos primeiros cinco anos, e 3% até dez anos. Esta emenda, além de justa, é consequência da luta cultural, é consequência dos anseios da cidade de Porto Alegre, porque se não há dotação orçamentária, não há política pública! E estão cortando exatamente as políticas públicas que são estratégicas. Essa emenda é consequência da luta cultural, dos anseios do povo de Porto Alegre por espaços de fruição, de cultura. Porto Alegre está retrocedendo naquilo que é estratégico, inclusive sob o ponto de vista da vida das pessoas, da convivência humana, num momento em que vivenciamos, no mundo inteiro, essa crise do capitalismo, o mais desumano já visto ao longo do processo histórico. Então, é disso que trata a emenda da Ver.ª Sofia, que foi aprovada por esta Câmara, e a Prefeitura deveria saudar como uma importante contribuição, até porque a arte, a cultura, são estratégicas para a transversalidades como a saúde, saúde para além do biológico, cultura para além do espetáculo, para educação, para democracia e para soberania de um povo. A cultura é fator de soberania.

A emenda do Ver. Sgarbossa, com três artigos, um basicamente foi vetado. Primeiro, foi vetada a formulação de política pública e programa para efetuar o plano; foram vetados PPA, LDO e Orçamento. O Orçamento tem que dispor sobre os recursos. Eu creio que esse é o foco principal, porque não consta o termo “prioridades”. Ora, Sr. Prefeito! Pelo amor de Deus, se o senhor está me ouvindo, digo-lhe que ali tem diretrizes, ali tem princípios, ali tem objetivos! Ouça a área cultural que o senhor vai saber, Prefeito, onde estão as prioridades! É inadmissível votar a emenda porque não tem a palavra “prioridade”. Gestor tem que saber a prioridade, ouvindo o seu povo e a área cultural.

Por fim, um projeto de Lei Municipal de Cultura revisado periodicamente para aperfeiçoamento. Tudo é dinâmico na vida! A cultura não é algo estanque, a cultura vai para além do espetáculo, muito dos quais a nossa população não tem mais porque está privatizado o Araújo Vianna e o povo não tem dinheiro para usufruir a cultura. Na realidade, quando se tira...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. JUSSARA CONY: ...Tem horas que eu me entusiasmo demais porque eu fico indignada e aí eu demoro mais para falar, mas o Presidente vai me dar a possibilidade de finalizar.

Na realidade, quando se tira toda a forma de aportes de recursos, lei é para o Prefeito botar – eu acho – em um quadro pendurado na parede. Tira o recurso e vão fazer o que com a Lei Municipal de Cultura construída com a participação popular? Bota num quadro na parede e nós não teremos mais cultura na cidade de Porto Alegre, porque os produtores culturais, os artistas, esse povo que lutou por esse projeto são trabalhadores! Eles não estão mendigando aqui aporte de recurso. Eles querem usar, inclusive...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. KEVIN KRIEGER: Boa tarde, queria cumprimentar o Presidente Mauro, os Vereadores e as Vereadoras, todas as lideranças da cultura que estão aqui. Com certeza eu não terei a mesma vontade da batida de vocês, sem dúvida nenhuma!

Eu estava falando com a Ver.ª Sofia, com os Vereadores Cassio e Janta, com alguns Vereadores da base, com a Ver.ª Fernanda também, para nós, hoje, não analisarmos esse veto; deixarmos para analisá-lo na quarta-feira, para que a gente possa ter um tempo para conversar com o Governo, entender por que foram feitos esses vetos e, quem sabe, tentar buscar um entendimento, se não em todos os projetos, em alguma parte deles. Hoje nós temos uma Reunião Conjunta, que era para ter sido feita na quinta-feira, sobre alguns projetos importantes também, temos a discussão de Pauta também. Então essa é a proposta que eu faço para que a gente tenha, de hoje até quarta-feira, a busca de algum entendimento, Ver.ª Jussara, que é Líder da oposição. Não quero dizer que vamos conseguir, mas temos, no mínimo, que buscar isso, tentar esse entendimento.

Quero fazer uma manifestação em relação às cinco emendas vetadas. Nós fizemos toda uma construção, sim, dialogada com a oposição e situação, na hora do Plano Municipal da Cultura. O Ver. Pujol – que esta semana está em licença para tratamento de saúde – comandou, junto com a Ver.ª Jussara, na oposição, eles articularam, construíram as emendas, inclusive estava aqui o Secretário Adjunto da Cultura, o Vinícius, que deu acordo nessas emendas.

 

(Aparte antirregimental.)

 

O SR. KEVIN KRIEGER: Ela não é tão simples assim, porque o Prefeito tem uma Procuradoria-Geral do Município que analisa e que avaliza as suas decisões, mas estou aqui propondo, para a situação e a oposição, que possamos ter essas 48 horas de negociação para ver se nós conseguimos chegar a algum entendimento dessas cinco emendas que foram vetadas. Eu faço essa proposta, isso não vai dar garantia que nós derrubaremos o veto, mas não tenho dúvida de que, se nós tivermos 48 horas para articular, para trabalhar, para entender o porquê disso, daqui a pouco, como em outras vezes também foi feito nesta Casa, podemos convencer o Governo de que, de alguma forma, podemos fazer essa articulação.

Então, faço essa proposta, tanto à oposição quanto à situação, para que nós não entremos na Ordem do Dia, que façamos nossa Reunião Conjunta, porque temos alguns projetos importantes, a Pauta, que é importante também, e deixamos a análise do Veto para quarta-feira, quando nós teremos um bom tempo para analisar os Vetos. Se nós entendermos, os próprios Vereadores da situação, entendermos que há uma forma, Ver.ª Mônica, da busca, do entendimento, vamos sentar junto com o Vice-Prefeito Sebastião Melo e com o Prefeito Fortunati e ver de que forma nós podemos construir. Esse é o meu entendimento e essa é a minha proposta no dia de hoje. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, povo da cultura que está presente aqui nesta Casa, povo que nos assiste através da TVCâmara, que consegue nos assistir ainda em função das enchentes que acontecem na nossa Cidade. Eu estou junto com uma grande turma de pessoas que está torcendo que os meteorologistas errem as previsões do tempo, muitas vezes erram, mas, infelizmente, não estão errando, preveem mais chuvas para hoje que continuarão atingindo a nossa Cidade. Queria usar esse tempo aqui do meu Partido para fazer um agradecimento, colegas Vereadores, no meio de toda essa tragédia, em que vários aproveitam para lucrar, em que o preço da telha passou de 200% e o preço da lona quadriplicou, eu queria fazer um agradecimento público aqui ao seu Marcos Giroldo. O Marcos Giroldo tem uma empresa lá na Av. Assis Brasil, Cecchim, a nossa região lá, o Atelier Cento Pinturas, e o Sr. Marcos Giroldo pegou o seu estoque de 1500 metros de lona e doou para a população de Porto Alegre, para a população que está precisando cobrir as suas casas. É um gesto nobre, que merece o registro nesta tribuna, de uma pessoa que não visou o lucro da sua empresa, mas no momento em que vários aumentaram o preço desse produto, ele doa essa quantidade imensa.

Venho aqui para falar sobre o PLE nº 025/14, que institui o Plano Municipal de Cultura. Esse projeto foi construído, nesta Casa, entre oposição, Governo e Vereadores; foi feito e acordado entre esta Casa e o Governo. Sentamos todos e fizemos, tanto é que, na votação, esse projeto foi aprovado por unanimidade, tanto o projeto quanto as suas emendas. Foi construído com o Governo, com a Secretaria da Cultura, com os representantes dessa área do Governo, com a oposição e com os 36 membros desta Casa. Acho que a única coisa que poderia ter veto é a questão do CEP – questão que, na época, foi levantada por mim –, se não, estaríamos abrindo o dinheiro de Porto Alegre para outros lugares. Como vocês sabem, eu discuto muito a questão dos medicamentos e dos atendimentos médicos de Porto Alegre. Acho que a única questão que poderíamos discutir – na época, eu falei isso – é a questão do CEP. O projeto foi discutido por esta Casa, como o Ver. Kevin já falou aqui. Provavelmente, esse veto ao projeto não vai ser votado hoje. Nós vamos discutir outras coisas, temos uma Reunião Conjunta para fazer aqui, nesta Casa, no dia de hoje. O que nós vamos abrir é uma discussão com o Governo sobre por que ter vindo o veto para esta Casa. Volto a dizer para vocês que o único veto que eu vou votar a favor é o veto do CEP, porque eu acho que tem que ter o endereço de Porto Alegre. Se o dinheiro é de Porto Alegre, tem que ser destinado para Porto Alegre. Foi feito um acordo com a Secretaria Municipal da Cultura, com o Conselho Municipal de Cultura, com os artistas de Porto Alegre, com a Prefeitura de Porto Alegre, com a Câmara de Vereadores, e esse acordo tem que ser cumprido.

Nós vamos, com certeza, entre hoje, amanhã e quarta-feira, resolver essa questão dos vetos que a Prefeitura fez. Muito obrigado, Sr. Presidente. Com muita força, fé e solidariedade, nós vamos rezar a Oxalá e Ogum para que pare de chover em Porto Alegre, para que parem esses trovões.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Conforme acordo com os Líderes, coloco em votação o Requerimento solicitando a alteração da ordem dos trabalhos, passando, imediatamente, ao período de Pauta. Após retornaremos à ordem normal. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1401/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 018/15, de autoria da Verª Fernanda Melchionna e do Ver. Prof. Alex Fraga, que inclui § 3º no art. 21 da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, e alterações posteriores, estabelecendo a redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN – em 50% (cinquenta por cento) para empresas que contratarem travestis e transexuais na proporção de, no mínimo, 5% (cinco por cento) do total de seus empregados.

 

PROC. Nº 2242/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 029/15, que cria Cargos em Comissão (CC) e Funções Gratificadas (FG) a serem lotados na Secretaria Municipal de Educação (Smed) e Secretaria Municipal de Gestão (SMGes), alterando o Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada do Município; dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências.

 

PROC. Nº 2290/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 032/15, que declara de utilidade pública, nos termos da Lei nº 2.926, de 12 de julho de 1966, a Entidade Associação Comunitária Unidos da Paulino – ACOMUP –, com sede e foro nesta Capital.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, quero, em primeiro lugar, saudar a classe artística que está aqui presente, tem feito história na cidade de Porto Alegre, tem pautado esta Câmara e esta Cidade. Vereador Kevin, acho que teu esforço manifestado na tribuna é bem-vindo, nós apostamos nesses dois dias de negociação. Quero registrar que essa turma mobilizou mais de duas mil pessoas no cortejo pela arte de rua e para não ter regulamentação. Foi emocionante! E a Prefeitura teve a sensibilidade de perceber que ia burocratizar a liberdade, a arte, e que a Cidade ficaria mais feia. Acho essa escuta maravilhosa e nós queremos que esse diálogo aconteça, de hoje até quarta-feira, e que a gente possa construir um crescente na Cultura e não uma decepção, porque a Cultura tem se organizado. Ela foi pautada no Orçamento Participativo. Sexta-feira chegou o Orçamento, nesta Casa, e traz a Cultura eleita no geral da Cidade como a terceira prioridade para a cidade de Porto Alegre. O Plano de Cultura vem exatamente fazer essa leitura e indicar esse crescimento da participação da Cultura no Orçamento.

Fiz essa roubadinha na Pauta para agradecer a presença, para dizer que nós apostamos no diálogo até quarta-feira, Ver. Nedel, e que toda vez que nós apresentamos projetos de lei, emendas, esta Casa está refletindo o movimento real, a demanda real da sociedade. Aqui há muitos olhos e ouvidos de todos os naipes e timbres nos partidos e nas cores, e a nossa construção aqui tem que ser muito respeitada. Quando ela é uma construção pluripartidária é muito mais do que quando é uma iniciativa individual. E o Plano de Cultura, diferente dos projetos de iniciativa do Governo, foi uma construção coletiva maravilhosa, com o protagonismo do Ver. Pujol, presidindo a CECE, negociando as emendas, com a presença do Secretário de Cultura, com a presença dos artistas, com o respeito dos Líderes dos vários partidos. Então, nós queremos valorizar neste sentido: não foi algo individual, setorial, sem a significância da coletividade presente na Casa.

A Cultura está ocupando o seu espaço, tem mil demandas, tem espaços fechados e precisa de recursos. Nós queremos evoluir nisso.

A minha fala na discussão de Pauta, Vereadores, é sobre uma proposição de utilidade pública da Associação Comunitária Unidos da Paulino, uma das associações que leva ações de educação, de cultura, na comunidade. O outro projeto de associação que está em tramitação é o do Circo Girassol, que também será considerada como de utilidade pública e que também vem construindo cultura, direito à cultura na periferia da Cidade. Essas declarações de utilidade pública são para fortalecer as entidades, e nós não podemos nos iludir com que um papel, uma declaração é suficiente. Precisamos traduzir a prioridade da cultura no Orçamento público; depois, deixem com os artistas, que eles fazem a arte, eles mudam a vida, eles transformam Porto Alegre. Parabéns, Cultura! (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Professor Garcia solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 19 de outubro a 7 de novembro de 2015.

Solicito aos Líderes que se aproximem da Mesa para combinarmos o andamento da Sessão. (Pausa.) Conforme acordo com os Líderes, passaremos agora à Ordem do Dia e logo após suspenderemos a Sessão para fazermos a Reunião Conjunta das Comissões.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 16h07min): Havendo quórum, passamos à Ordem do Dia.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h08min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton – às 17h22min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton – às 17h25min): Solicito abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta. (Pausa.) (Após fechamento do painel eletrônico.) Não há quórum.

Encerrada a Ordem do Dia.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Dinho do Grêmio está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Delegado Cleiton; senhores e senhoras, eu comentava agora com a Ver.ª Lourdes e com a Ver.ª Fernanda que nós conseguimos fazer a 1ª Ouvidoria da Procuradoria Especial da Mulher, no Largo Glênio Peres, na sexta-feira. E essa Ouvidoria foi muito significativa, nós colocamos o toldo da Câmara no Largo Glênio Peres, quero agradecer aos funcionários. E fizemos um atendimento das 10h às 17h, divulgando que a Câmara tem esse novo instrumento que é a Procuradoria da Mulher. Eu estou neste primeiro ano, mas que será, e nós queremos que seja, um instrumento permanente de trabalho, de olhar específico desta Casa para a questão de gênero. E, segundo, já acolhendo demandas das mulheres que passavam no Largo Glênio Peres. Tivemos em torno de 600 mulheres abordadas durante o dia, que receberam um material da Procuradoria da Mulher, e que, Ver.ª Lourdes Sprenger, a sua assessoria estava presente ajudando, colaborando. Tivemos 17 formulários preenchidos por mulheres que pararam, e inclusive um homem, para levantar temas importantes que precisam ter um olhar específico por conta da questão de gênero. Apareceu ali a questão da acessibilidade com a lista de instituições que não têm acessibilidade para a mulher cadeirante, para a mulher com dificuldade motora, que, infelizmente, vai da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ao Museu Hipólito da Costa. Então, a demanda pela autonomia, pela capacidade, pela possibilidade de participar dos espaços de cultura, até denúncias como a compra que houve do Governo do Estado anterior, pela Secretaria Estadual das Mulheres, de ônibus que levariam serviços de atendimento à mulher integrado, para o Interior, Ver.ª Lourdes – que tem relação com o Governo Sartori –, e esses ônibus aparentemente estão sem utilização. São ônibus para a temática da mulher, que iam para o Interior e que estão no estacionamento do CAFF, Centro Administrativo Fernando Ferrari, que estão sem uso, porque, enfim, foi extinta a Secretaria Estadual das Mulheres, e não se rearticulou a política para as mulheres. Uma das Vereadoras, eu falo da Ver.ª Lourdes, porque está no plenário neste momento. Então, cada uma dessas escutas e desses registros oficiais num formulário que agora a Câmara tem, nós daremos encaminhamento pela Procuradoria para os órgãos devidos, para as instituições devidas e eu citei duas. Existem questões individuais, as questões em relação, inclusive, às enchentes – a água está entrando nas casas. Acho que foi um momento bem interessante, importante, a gente sabe que cada Vereador está num lugar, mas que esse olhar é específico para as mulheres. Elas se sentiram muito acalentadas, recebidas, acolhidas, e receberam o material singelo que a Câmara fez, porque este ano não tem nenhum orçamento, e nesse material nós temos os principais telefones dos núcleos de apoio à mulher que existem, seja o núcleo municipal, seja o centro de referência estadual, seja o telefone nº 180, a Delegacia de Mulheres. Esse pequeno material foi entregue a mais de 600 pessoas, mulheres, no Largo Glênio Peres. E acho que esse fortalecimento das mulheres, essa mediação entre a sua necessidade e os órgãos que devem garantir o seu direito é muito importante.

E ainda noticio que, nesta quinta-feira, finalmente, vai sair a primeira audiência pública, solicitada pela Procuradoria, mas é uma audiência pública da Casa, Ver. Delegado Cleiton. A Câmara fará uma audiência pública na Restinga, na Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Tristão Sucupira Vianna. A Câmara já esteve lá, eu estive na escola, todos os Vereadores e Vereadoras, o Ver. Dr. Thiago, que tem relação com a Zona Sul, porque nós estamos convocando os órgãos de segurança. Será na quinta-feira, dia 22, às 19h, e os órgãos estarão lá, o Ministério Público, e a comunidade vai falar. E nós queremos cobrar como Câmara. Os Vereadores falarão todos no mesmo nível, no momento em que tiverem que falar, e o principal é a escuta da comunidade...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: ...porque, lá na Restinga, nós tivemos o assassinato de três mulheres e uma criança, tivemos arrombamento de escolas, a do Padre Ceron, que vocês conhecem, entraram, estragaram o espaço comunitário, o espaço em que ele faz muita comida estragaram. Então, há situações de violência muito recentes, e nós temos que chamar a responsabilidade dos órgãos estaduais, nós temos que ter uma política integrada, e é o papel da Câmara. Então, será uma audiência da Câmara, coordenada pelo Presidente, com estrutura da Câmara, e eu conto com as presenças de todos os Vereadores possam estar lá. É uma ação coletiva nossa, e eu espero que ela dê muito certo, para que a Restinga tenha o suporte da Câmara, o apoio da Câmara, também neste momento, para seu drama de segurança pública.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Ver.ª Sofia.

Apregoo o Memorando nº 051/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, nos termos do art. 227, § 6º e 7º do Regimento – justificativa de falta –, que comunica a sua participação na reunião da Confederação dos Profissionais Liberais, que ocorrerá em Brasília, Distrito Federal, nos dias 20 e 21 de outubro de 2015

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h33min.)

 

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